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O que vale em nossas vidas? O que levamos com a gente durante todos os anos que se seguem? Hoje conversando com uns colegas mais novos sobre séries de TV, desenhos e filmes dos anos 80, percebi que nada do que eu sabia eles já tinham ouvido falar. E isso me bateu uma certa tristeza. Pensei: “uma pena”. Em compensação também quase desconheci os desenhos s séries que fizeram parte da geração em que eles vivem. Aí parei para pensar: nossa como eles chegaram até aqui sem saber dessas informações todas que aconteceram no mundo? Todos esses filmes e seriados? Como nunca tomaram conhecimento disso?
Mas Aí me ocorreu outra coisa: que talvez eu também não tivesse demonstrado nenhum interesse em saber o que existiu antes de eu chegar a esse mundo. O que meus pais assistiram, que músicas ouviram, que vida levaram, e o que faziam para percorrer os dias...
Talvez nisso tudo esteja a verdadeira magia da vida, em que cada geração constrói a sua história. Ou talvez isso também seja mais um ponto de angústia para mim, pois o que nossos antepassados viveram foi apagado pelo tempo, e ninguém está aqui hoje para contar. Por isso dou muito valor aos diários, livros e qualquer outra forma de registro, pois é talvez a única forma de imortalizar a história das pessoas.
Mas a questão é que, independente disso, a gerações que surgiram depois da minha (90 e 00) parecem viver de modo muito superficial. E isso não é dor-de-cotovelo não. Digo em relação aos valores morais, familiares e culturais. Hoje o conhecimento parece ser superficial. A gente sabe pouco de tudo e antes sabíamos muito de pouca coisa. Para exemplificar, podemos perguntar a um jovem hoje qual é a maior torre do mundo e provavelmente saberá. Mas se perguntarmos qual é a segunda maior, talvez ele já tenha dificuldades em responder. Ontem mesmo, um rapaz em idade pré-vestibular me perguntou quem era um tal de Aécio Neves (governador de Minas Gerais, ex-presidente da Câmara dos Deputados e neto de Tancredo Neves) que ele não conhecia. Em que mundo esse rapaz vive? Como ele quer passar no vestibular se não sabe essa informação mínima?
Estamos vivendo em um período em que tudo parece ser descartável. Pessoas descartáveis, relacionamentos descartáveis. Não há mais compromisso. Essa é a palavra: “Compromisso”. Compromisso com a sua personalidade, com seus próprios conceitos, com as suas opiniões. Hoje é difícil ver um jovem pensar por si próprio. Muitas vezes a galera pensa por ele...
Falar de relacionamentos amorosos então nem se fala. Isso dá um capítulo à parte. Hoje uma garoto ou garota fica com 2, 3 numa mesma festa. E como era bonito a gente enrolar a festa inteira para ficar com apenas uma menina...Tudo bem que as coisas mudaram, e eu acho isso legal, mas fico pensando em como nós estamos nos tornando fúteis. O que essa geração que aí está vai levar de bom para o futuro? O que vai acrescentar? As últimas duas décadas foram catastróficas na área cultural, por exemplo. Não há gênios, não há em quem se espelhar.
E aí eu faço uma comparação de nós, que vivemos nessa década de 80, e as gerações atuais. Quanta coisa nós vamos levar. Vamos precisar de um caminhão gigante pra guardar tudo que vivemos de bom. E eu tenho muito orgulho de ter passado a minha infância nessa época.
Autor desconhecido.
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