Armação Ilimitada

Juba e Lula são dois esportistas que têm uma empresa de prestação de serviços, a Armação Ilimitada. Com ela, eles realizam trabalhos em terra, céu e mar. Os dois dividem um apartamento com Zelda, uma jornalista que tem como melhor amiga Ronalda e um neurótico como chefe.
Os dois rapazes são apaixonados por Zelda que não consegue decidir com qual dos dois prefere ficar. Para completar, chega no apartamento Bacana, um menino órfão que passa a viver com eles.
A série foi produzida para o público jovem retratando
suas histórias ao estilo videoclipe (com cenas rápidas e soltas). Em seu primeiro ano de produção, ganhou o prêmio Ondas concedido pela Sociedade Espanhola de Rádio e Televisão de Barcelona.
Os personagens de Kadu e André voltariam mais tarde com a série Juba & Lula, que estreou em 5 de junho de 1989, saindo do ar no dia 18 de junho do mesmo ano. Esta nova produção foi adaptada por Ronaldo Santos, Charles Peixoto, Evandro Mesquita, Régis Moreira, Fausto Fawcett, Chacal, Yoya Rusth e Luiz C. Góes, que escreveram os roteiros. A direção dos episódios ficou a cargo de Roberto Talma, Jodele Larcher e Paulo Trevisan.

De cara, qualquer oitentista digno de sua geração abre um sorriso de orelha a orelha à simples menção do seriado. Que menina não queria ser como a independente jornalista Zelda Scott, com dois namorados ao mesmo tempo? E que menino não queria ser Juba ou Lula, sempre metidos em grandes aventuras? À primeira vista, Armação Ilimitada foi isso aí: um programa repleto de bom-humor, alegria e diversão. Mas, talvez por termos sido pequenos e ingênuos à época, nunca notamos o quanto a série havia sido transgressora, tanto em termos de linguagem televisiva quanto de conteúdo. Parece inusitado e arrogante dizê-lo, mas o fato é que aquele seriado bobinho e leve mudou para sempre a cara da TV e, principalmente, do jovem na TV no Brasil.

Juba e Lula, hooooooooo!!!!!!!!!!! Esse era o grito que 11 a cada 10 crianças davam entre 1985 e 1988. Era a hora da ação em Armação Ilimitada, a melhor produção de aventura feita no Brasil.

Juba, Lula e Zelda Scott foram os grandes ídolos da geração oitenta. Quem não queria ser o Jonas Torres que interpretava o Bacana, secretário da dupla e o único com a cabeça no lugar, só para estar do lado dos heróis que namoravam a mesma menina e viviam aventuras incríveis.

Lula, vivido por André de Biasi, e Juba, Kadu Moliterno, comandavam uma empresa de bicos chamada Armação Ilimitada, que se metia em tudo que é confusão. A jornalista Zelda, Andréa Beltrão, fazia um tipo Lois Lane moderninha e namorava os dois heróis que gostavam tanto dela topavam dividi-la. Além do trio, tinha o Bacana, um menino de rua adotado e o único com o pé na realidade no programa.

O grande atrativo da série, porém, não eram as aventuras e sim seu conteúdo estético revolucionário. Não se tem na história da TV brasileira tanta ousadia, como a mistura de elementos de HQ, cinema, música e vídeo-clipe. É claro que as histórias nonsense ajudavam. Eu me lembro muito bem de um episódio em que as bananas ficaram azul e que outras frutas e vegetais também mudaram de cor.

INFORMAÇÕES

Armação Ilimitada (produção brasileira) 1981
Criação: Euclydes Marinho, Patrícia Travassos, Nélson Motta e Antônio Calmon.
Direção: Guel Arraes (1985 a 1987), Mário Márcio Bandarra (1988), Ignácio Coqueiro e Jorge Fernando.
Produção: Rede Globo de Televisão
Tempo de Exibição: 17 de maio de 1985 a 8 de dezembro de 1988

ELENCO

Kadu Moliterno: Juba
André DiBiase: Lula
Andréa Beltrão: Zelda
Jonas Torres: Bacana
Francisco Milani: Chefe
Catarina Abdala: Ronalda
Nara Gil: apresentadora