Emissora: Tv Record. |
Para receber a moçada, o Acampamento Legal tem a divertida cozinheira Landa, o "faz tudo" Benê, que conserta até a alma das pessoas, o Zé Carlos, um monitor amigo de todo mundo, e Caco, formado em educação física. Tem ainda o Curió que conta histórias incríveis e adora uma boa moda de viola e as divertidas brigas com sua esposa Candinha.
Quando tudo parece resolvido entre Júlio, Estela e Joana, os donos da Fazenda Boaventura, surge o primo Tatá que resolve morar no Acampamento. Tatá tem uma mala cheia de novidades. Ele, juntamente com o amigo Geninho e o incrível professor Nelsinho ajudam as crianças a desvendar os mistérios do Portal do Tempo.
Produção independente da produtora Casa de Vídeo, apresentada pela Record. A Casa de Vídeo cuidava da parte artística (realização dos episódios, contratação de elenco) e a Central de Produções ficava com a comercialização de publicidade e captação de recursos. À Record, cabia a exibição.
No começo, Acampamento Legal era exibida em dois horários: às 20h e reapresentada às 9h. A reprise foi extinta a partir de 12/10/2001. No começo de 2002, já em sua fase final, voltou para o horário das 9 horas e saiu do ar de noite.
Quem teve a idéia da série foi um dos sócios da produtora, Helder Peixoto, preocupado com a falta de programas educativos na televisão para os filhos, que têm entre 11 e 12 anos. O objetivo é resgatar as brincadeiras e o espírito de aventura, tendo como cenário uma fazenda transformada em acampamento para crianças.
Foram 180 capítulos e 36 histórias. Cada semana uma aventura diferente era contada, ambientada em cenários diversos que podiam ser, inclusive, acampamentos reais.
As gravações foram feitas em Tatuí, Amparo e Brotas, no interior paulista. Por ser itinerante, o custo de cada capítulo é elevado, garante o produtor executivo. "Mas ainda não temos os números", desconversa Claudionor Peixoto, produtor executivo do programa. Somente a parceria com a Record tornou possível o projeto.
A Record foi a primeira emissora procurada pela Casa de Vídeo para mostrar o projeto, e interessou-se na hora. "A idéia inicial era de um programa semanal, nós tínhamos pretensões pequenas. Mas a Record solicitou que fosse uma novela diária e aceitamos o desafio", conta Peixoto. A falta de experiência em teledramaturgia, para esses profissionais, é uma vantagem. "Fazemos institucionais e convenções, onde a criatividade tem de ser muito maior, para produzir impacto. Estamos conseguindo levar esse mesmo impacto para a novela. Temos uma mentalidade inovadora, não há nada parecido".
Os atores escolhidos já trabalhavam com a Casa de Vídeo. Para formar os atores-mirins que fazem parte do elenco rotativo da novela, foi criado um teatro-escola, que funciona no bairro Santana, em São Paulo. "Nós queremos oferecer 30% das vagas para creches de crianças carentes e dar oportunidade a estas crianças de também se transformarem em atores-mirins", explica Peixoto.
Em outubro de 2001, o elenco e roteiristas deixaram de ser pagos. Os responsáveis pela Casa de Vídeo alegaram que a Central de Produções não havia conseguido captar recursos e foi feito um pedido para que o trabalho continuasse até a entrega dos 180 capítulos previstos em contrato. Um grupo composto pelos roteiristas Edison Braga e Márcio Tavolari e pelos atores Márcio Ribeiro e Luiz Carlos Bahia entrou com uma medida tutelar para suspender a exibição da produção. Também iniciaram uma ação para receber salários atrasados e outros direitos.

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