| Emissora: Tv Tupi e Tv Globo. |
Nos primeiros anos, quando ainda era feito ao vivo, para garantir a agilidade de Balança Mas Não Cai, foi construída uma estrutura giratória com quatro cenários diferentes. Enquanto uma cena era exibida, as demais eram preparadas nos outros três cenários. A passagem de uma cena para outra era feita pelo apresentador Augusto César Vannucci. O programa tinha ainda a participação de uma orquestra, que acompanhava as cenas.
Balança Mas Não Cai repetiu na televisão o sucesso que fez no rádio. Em outubro, um mês depois da estréia, já batia o recorde de audiência no Rio de Janeiro em relação aos programas humorísticos exibidos até aquele momento. Vários dos bordões cunhados pelos personagens eram repetidos pelas pessoas em suas conversas.
O programa tinha como base as histórias cotidianas dos moradores de um mesmo edifício, o Balança Mas Não Cai. Os quadros, que na maioria das vezes não eram fixos, seguiam-se num ritmo intenso. Paulo Gracindo e Brandão Filho interpretavam o Primo Pobre e o Primo Rico, personagens de destaque desde a época do rádio. Lúcio Mauro e Sônia Mamede representavam o casal Fernandinho e Ofélia, no quadro que popularizou o bordão “Só abro a boca quando tenho certeza!”.
Além dos humoristas que integravam habitualmente o elenco, Chico Anysio, Agildo Ribeiro e Jô Soares — que tinham os seus próprios programas Chico Anysio Especial, Tv0-Tv1 e Faça Humor, Não Faça Guerra, respectivamente - participavam de alguns esquetes.
Em 1972, Balança mas não Cai passou a ser exibido na TV Tupi, só retornando à Rede Globo dez anos depois. Na segunda fase, o programa manteve o mesmo diretor e praticamente a mesma equipe de redação — formada por Mar Nunes, Geraldo Alves, Roberto Silveira, Wilson Vaz, Irvando Luís, Tutuca, Ary Leite e Emanoel Rodrigues, com redação final de Roberto Silveira - e produção de José Carlos Santos.
Nessa segunda fase, o elenco era formado por cerca de 80 pessoas, entre humoristas e modelos. Segundo o diretor Lúcio Mauro, Balança mas não Cai era a seleção brasileira do humor. Semanalmente gravavam-se cerca de 40 quadros, apresentados por Paulo Silvino - que já havia sido apresentador da primeira fase.
Para abrigar cenários e personagens foi construído, no centro do palco do Teatro Fênix, um edifício de aço, concreto e vidro, idealizado por Abel Gomes e Juarez Machado.
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