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Viva a Noite surgiu da idéia de fazer um programa de sábado à noite, que seria uma mistura de Saturday Night Fever, com Sabado Fiebre mexicano, Oy Quem Dança es Usted mexicano. O programa inicialmente teria três apresentadores, e os nomes cotados para a atração foram os de Paulo Lopes, Paulo Barbosa e Jair de Ogum, mas depois que os produtores viram uma fita do Miss Brasil apresentado pelo iniciante Gugu, ficaram impressionados com a performance do garoto, que também já havia comandado o Sessão Premiada. Assim, arrumaram uma pequena participação para Gugu no Viva a Noite, ele passou a apresentar apenas o quadro "Quem Dança Hoje é Você", mas essa participação foi aumentando até que o apresentador ficou com o comando geral do programa.
O programa foi uma vanguarda dentro do SBT. Exibido nos sábados a noite, era líder de audiência no horário encerrando a programação de emissora. A atração principal ao longo do Viva a Noite era a disputa entre homens e mulheres, artistas consagrados da época que disputavam numa gincana acirrada um troféu de neon em forma de lua. Um dos nomes mais comuns no programa era o da cantora Nhá Barbina, que acabou criando um personagem dentro do Viva a Noite, o da mulher apaixonada pelo Gugu Liberato.
Em 1987 o Viva a Noite coloca no ar o Concurso do "Rambo Brasileiro", onde fisiculturistas caracterizavam-se do herói norte-americano e vinham ao palco para um desfile de músculos. Isso depois de assistir a um clipe previamente gravado, cheio de efeitos especiais, onde o candidato participava de uma cena de combate.
Outro quadro que repercutiu bastante foi o "Sonho Maluco". Telespectadores enviavam cartas contando um sonho diferente que tinha com algum artista, e a produção do Viva a Noite procurava realizar no palco ou gravar o sonho durante a semana, dependia muito do sonho. Só para exemplificar, uma telespectadora escreveu pedindo para deitar-se com o Zé do Caixão dentro de um caixão e passear pelo programa.
Em cada programa havia o "Convidado Mascarado", um artista que se fantasiava e ficava no palco, enquanto o Gugu dava dicas de quem ele era. Só no final do programa é que o artista mascarado tirava a fantasia detrás de um tapume, enquanto o telespectador, por telefone, tentava descobrir a identidade secreta do artista, para ganhar um prêmio.
Gincanas davam ao programa um toque especial, agitando as noites de sábado e deixando a atração mais interativa. As coisas mais inusitadas faziam parte da gincana do Viva a Noite, como o Gugu pedindo para que o telespectador fosse até o estúdio fantasiado ou trazendo uma tampa de privada ou com chapéus diferentes.
A parte musical do programa também era um show à parte, além dos principais intérpretes da década de 1980 terem passado pelo palco do programa, o próprio Gugu tinha as suas canções que repercutiram bem, como “Docinho Docinho”, ou suas danças coreografadas especialmente para as crianças como, “O Baile dos Passarinhos”, "Meu Pintinho Amarelinho", a dança do estranhíssimo “Bugalú” e a canção de merchandising da Maggi “A Dança da Galinha Azul".
Na época, o Viva a Noite já contava com assistentes de palco, a ajudante principal do Gugu era a Marriete, que se juntava ao Gugu em um dos momentos mais inesquecíveis do programa, a chamada dos comerciais, isso porque todos esperavam Gugu gritar “Viva Noite”, para responder no palco e em casa “Viva...Viva....Viva”.
Em 1992 o programa saiu do ar, deixando saudades. Com o surgimento do Domingo Legal, muitos pensaram ser a volta do Viva a Noite, mas a tarde. No início o formato era parecido, mas com o tempo e a guerra pela audiência cada vez mais acirrada o programa foi se modificando até se tornar o que é hoje.
InfanTV
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