Capitão 7

Emissora: Tv Tupi.
Ano de Produção: de 1954 a 1966.
Preto e Branco.
Companhias Produtoras: Tv Tupi.
Elenco: Aires Campos, Idalina de Oliveira e Silvio Silveira.

O menino Carlos vivia com seus pais numa cidadezinha do interior, até que um dia eles ajudaram um alienígena, que em retribuição levou o menino para o seu planeta para ser educado num lugar muito mais evoluído que a Terra. Carlos voltou com super-inteligência, super-força e até capacidade de voar. Voltou também com um uniforme “atômico” capaz de resistir a qualquer coisa, e assim começou a agir como um super-herói, enfrentando bandidos na Terra, no espaço sideral e no mundo subterrâneo. O Capitão 7 tinha sua nave, onde observava as atitudes dos demais humanos na terra.
Quando não é chamado para resolver algum problema como o Capitão 7, Carlos volta a sua vida normal como um tímido químico. Ele namora a Silvana, filha de um funcionário da Interpol, que na Tv era interpretada por Idalina de Oliveira. Tal como os demais super-heróis, o Capitão 7, Silvana e o Tenente tinham uma identidade secreta, mas estas nunca foram reveladas. Eles eram super-heróis que lutavam contra o mal numa espécie de "liga da justiça". Suas vidas particulares jamais foram reveladas. Lutavam contra bandidos na Terra, espaço sideral e no mundo subterrâneo.
Com essa história O Capitão 7 veio para televisão pelas mãos de Rubem Biáfora, em 1954 na Tv Record (por isso Capitão Sete em referência ao número da emissora), a princípio exibido ao vivo, e mais tarde filmada em película. Foi o primeiro seriado de aventura produzido no Brasil trazendo o mundo dos heróis infantis para um universo mais brasileiro. A série estreou no dia 24 de outubro de 1954 pela TV Record. A princípio era exibida três vezes por semana com episódios que variavam entre 30 e 40 minutos de duração. Mas o sucesso de audiência fez com que fosse investido mais no programa que acabou se tornando diário.
O Capitão 7 foi criado por seu próprio interprete Aires Campos. Em sua versão para televisão, que era transmitida ao vivo, o personagem não tinha superpoderes, afinal seria complicado com os efeitos da época fazer o Capitão 7 voar, por exemplo. Tudo era feito muito em cima do improviso, um erro seria fatal para o desenrolar da história. Foram mais de 500 histórias apresentando um herói nacional lutando contra o crime e a injustiça, na mesma época em que eram exibidas as séries brasileiras Falcão Negro e O Vigilante Rodoviário.
Além de atuar e criar, Aires Campos também foi responsável pelo licenciamento do personagem, patrocinado pela Leite Vigor. O ator mineiro foi escolhido entre dezenas de outros candidatos, entre eles o ator Hélio Souto. "Tive que fazer vários testes. Além da interpretação fiz exibições de força e habilidade em várias modalidades de luta, inclusive boxe. Muito me favoreceu a excelente forma física que sempre procurei manter e a experiência, como ator, em vários filmes".
Durante muitos anos, os episódios foram guardados no depósito da TV Record, mas eles acabaram se perdendo nos incêndios dos quais a emissora foi vítima.
Até 1960, a série era escrita por vários roteiristas. Depois todos os episódios passaram a ser escritos, produzidos e dirigidos por Alice M. Miranda, mais conhecida no meio artístico por Maio Miranda. Ela ficou responsável pela série até o último mês de sua gravidez. Alguns meses depois, Capitão 7 saiu do ar.
Por causa do sucesso do herói entre seu público infantil, foi criado um Clube, apoiado pelo personagem e patrocinado pela Vigor, que incentivava crianças e jovens a manter um corpo sadio, ter amor aos estudos e não agir com violência.


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